Tuesday, April 25, 2006

Sem rimas
Sem finas meias alvas relusentes na escuridão.

Sem prantos
Sem tristes amores imaturos, inseguros na solidão

Sem graça
Sem anjos brincando, tocando harpas nas nuvens do céu

Sem cores
Branco, amarelo, verde-limão, aquarela

Sem fatos
Sem fitas, revistas como prêmio de consolação

Só trevas e escuridão!

Ausência miníma que faz com que as cores se apaguem
Ausência tridimensional que some com o sol, com a lua
Ausência pura, impura
Ausência insana, que me chama
Para o OCO, para o vazio

Para a COVA que acabei de pintar

abril de 1998

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